Os festejos começam na manhã de Domingo, no lugar do Castelo, com um cortejo pelos caminhos da aldeia, onde o busto de madeira do Pai Velho é transportado num carro de bois, decorado à base de ramagens de cedro, bucho, cameleira e mimosa, seguido de outro carro de bois - o Carro das Ervas, engalanado com a chiadeira habitual, tilintando de campainhas e com ramos de flores em cada chifre. À frente a lavradeira e atrás as rusgas de concertinas, bombos, ferrinhos e castanholas e as máscaras dos mais foliões. Ainda durante a manhã dá-se a abertura da Feira de Produtos Locais que se mantém ao longo dos três dias de festa, e durante a tarde desse dia, a organização propõe um Baile tradicional com concertinas.
Leitura do Testamento na terça-feira
Na terça-feira o desfile volta a sair às ruas pela manhã, enquanto que de tarde se realiza um baile animado por tocadores e cantadores ao desafio, e se representam cenas cómicas relacionadas com acontecimentos locais, não faltando os foliões disfarçados com trajes tradicionais. A festa termina perto da meia-noite com o "Enterro do Pai Velho" e a leitura do testamento. Depois de lido o testamento que satiriza publicamente situações que durante o ano andam nas bocas do povo, o "Pai Velho" é queimado numa grande fogueira, mas o seu busto, em madeira de castanho, não é queimado. Rosto em madeira e corpo de palha, a figura do "Pai Velho" ficará guardada em local secreto, a cargo dos mais velhos da aldeia, até à festa do próximo ano.
Texto e Imagem:C.M. Ponte da Barca
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